Quem não souber
povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente.
Charles Baudelaire
Não
a razão ou ordem, não tem jeito
Só
existe esse caos morando no peito
E
eu, esse desgarrado
Esse
sujeito acostumado
E
Tantas vezes refeito
Hoje
me dou por satisfeito
Só
me tragam as garrafas
Hoje
tudo faz sentido
É
só se manter escondido
Entre
a cachaça e a fumaça
Brindaremos
a nossa desgraça
O
canto agora é outro
Ontem
eu fui semimorto
Por
não entender que eu ainda morro
Algum
dia e não importa o que eu faça
Que
se abra então outra porta
Para
os guerreiros do amanhã é o inicio
Vamos
criar novos vícios
E
alimentar essa nossa alma torta
Não
vou pagar o divã
E
nem ninguém me enchendo saco
Vê
se me da mais copo e um trago
Hoje
eu prometo e não faço
Quero
assumir outro risco de novo
Quero
pagar uma outra aposta
Viver
essa vida oposta
Pois
eu sei onde pedir socorro