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sábado, 12 de julho de 2014

Brinde ao Caos



Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente.
Charles Baudelaire

Não a razão ou ordem, não tem jeito
Só existe esse caos morando no peito
E eu, esse desgarrado
Esse sujeito acostumado
E Tantas vezes refeito

Hoje me dou por satisfeito

Só me tragam as garrafas
Hoje tudo faz sentido
É só se manter escondido
Entre a cachaça e a fumaça

Brindaremos a nossa desgraça
O canto agora é outro
Ontem eu fui semimorto
Por não entender que eu ainda morro
Algum dia e não importa o que eu faça

Que se abra então outra porta
Para os guerreiros do amanhã é o inicio
Vamos criar novos vícios
E alimentar essa nossa alma torta

Não vou pagar o divã
E nem ninguém me enchendo saco
Vê se me da mais copo e um trago
Hoje eu prometo e não faço

Quero assumir outro risco de novo
Quero pagar uma outra aposta
Viver essa vida oposta

Pois eu sei onde pedir socorro

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